sábado, 26 de agosto de 2017

Resenha: Eu Estive Aqui

Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal? A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos. Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... E de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida. Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.

Título Original: I was here

Autor (a): Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 240
Eu Estive Aqui - Gayle Forman

[Resenha] As duas grandes amigas, Meg e Cody eram sem sobra de dúvidas inseparáveis, na verdade eram tão inseparáveis que consideravam-se irmãs. Duas meninas sonhadoras que desde criança faziam o plano perfeito de irem juntas para a faculdade, em busca dos sonhos, como a maioria dos adolescentes almejam e planejam.
A história muda completamente de perspectiva quando somente Meg consegue ingressar na faculdade, e infelizmente Cody teve que continuar presa na cidadezinha que sempre morou, desenvolvendo trabalhos sem perspectiva de crescimento profissional, agora sem a companhia da melhor amiga em todos os momentos.
Embora Cody tenha continuado na mesmice por um tempo, o ponto alvo e de grande abalo da sua vida, foi a notícia devastadora do suicídio de Meg. Sim, sem aparentes motivos a jovem acaba ingerindo um frasco de veneno em um quarto de hotel, um mistério, a vida de uma família abalada, e o coração de Cody com uma dor sem igual.
Cody acaba se culpando por não perceber os indícios, provavelmente, depressivos da amiga, e se pergunta que espécie de amiga era ela para não notar a tristeza e os problemas de Meg, conflitos internos difíceis de serem resolvidos, pois a amiga não deixou grandes avisos...
A família de Meg era demasiada apegada a Cody, pois sabiam do amor sem igual da filha pela garota e vice-versa, então foi a Cody que eles recorreram para ir até o antigo dormitório da filha morta para pegar os seus antigos pertences, e assim Cody viaja até a cidade de Tacoma para atender a essa solicitação. 
Em Tacoma, Cody acaba conhecendo alguns colegas de Meg e também começa encontrar alguns indícios do que poderia ter levado a sua amiga a cometer o suicídio. Dentro das suas “investigações”, a garota acaba conhecendo Ben McCallister, um garoto bonito e charmoso que de alguma forma chama a sua atenção, porém o seu objetivo principal é descobrir qual a ligação de Ben com a sua amiga...
Podemos dizer que é uma história muito humana e que apresenta no leitor um misto de sentimentos. Por um lado, compreendemos a dor de Cody, pois no seu coração alimenta a culpa de não ter percebido indícios na amiga, e por outro lado a garota se sente traída por Meg, pois confiava tanto na amiga, e acreditava que a recíproca era verdadeira, porém a grande chave da história é o perdão. O se auto perdoar e o perdoar o outro, ambos como vítimas de situações impostas pelo destino. Na verdade não havia um culpado concreto. 
Acabamos adentrando em um romance também, pois o jovem Ben mostra-se um grande amigo inicialmente para Cody, que acaba depositando confiança gradativamente nele, e nisso nasce uma história de amor, uma história real e magnifica de amor.
Sem sombra de dúvidas, a autora Gayle Forman, conduz um tema bastante delicado, como é o suicídio, de maneira magistral. E traz uma ambiguidade de sentimentos que envolve o leitor completamente.


"Firefly, sentir seus próprios sentimentos é um ato de bravura." (Pág.93)



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