segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Resenha: BIRD BOX (filme)

Em um mundo pós-apocalíptico, Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos precisam chegar em um refúgio para escapar do Problema, criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas. De olhos vendados para nao serem afedaos, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.

Bird Box
Lançamento: 21 de dezembro de 2018 na Netflix 
Duração: 1h 57min
Gênero: TerrorSuspense
Direção: Susanne Bier
Roteiro: Eric Heisserer
Elenco: Sandra Bullock, Trevante Rhodes, Sarah Paulson, John Malkovich, Jacki Weaver, Lil Rel Howery, Rosa Salazar e Danielle Macdonald

[RESENHA] O filme Bird Box é uma adaptação cinematográfica produzida pela Netflix que está  deixando muitos telespectadores confusos e uma série de interpretações foram geradas. A partir dessa percepção de que diferentes interpretações podem ser geradas para uma mesma história, ressaltamos que a resenha aqui apresentada poderá apresentar alguns aspectos que nem todos os telespectadores irão concordar ou perceberam da mesma forma.
Nas primeiras cenas, encontramos Malorie (Sandra Bullock), com duas crianças que possuem o nome de garoto (Julian Edwards) e garota (Vivien Lyra Blair). Estranhamente os três estão usando vendas e o objetivo é chegar em segurança em um barco para fugir de um suposto perigo que nós não compreendemos.
Em um segundo momento, o filme volta cronologicamente alguns anos e aparentemente tudo está normal. Malorie está grávida e aparentemente infeliz, ela não demonstra amor pela sua gestação e uma criança pelo que a mesma demonstra, não é bem vinda.
Os noticiários anunciam que uma espécie de histeria está se espalhando pelo mundo, um grande caos que está gerando muitos suicídios. Pelo que os noticiários informam, as pessoas visualizam uma criatura e isso acaba trazendo um imenso desespero, levando as pessoas a buscarem a morte. 
Essa histeria que parecia estar em um local distante, chega na cidade que Malorie reside e em pouco tempo ficamos chocados com a morte da irmã de Malorie em um "acidente" de carro.
O filme tem o seu ponto central quando algumas pessoas que decidem fugir da suposta criatura se abrigam na mesma casa. Pessoas com diferentes personalidades e opiniões, o que dificultou a convivência em pouquíssimo tempo. Uma luta pela sobrevivência do perigo que está além das paredes e a dificuldade de convivência com pessoas de personalidades difíceis.
Malorie vivencia uma história de amor dentro da casa, algo que lhe trouxe força para os anos seguintes. Muitas coisas acontecem, perdemos muitos personagens que acabamos nos apegando e não sabemos ao certo o que realmente é essa criatura, os motivos de tanto medo e temor.
A solução encontrada é usar venda nos olhos na maior parte do tempo, a partir da ideia de que acabamos não temendo aquilo que não conseguimos ver. 
Alguns anos se passam e chegamos na parte do filme que finalmente descobrimos quem são o "garoto" e a "garota" que conhecemos logo nas primeiras cenas. O garoto é o filho que Malorie estava esperando no inicio da narrativa e a garota é a filha de uma mulher que Malorie conheceu na casa que compartilhava com outras pessoas. Infelizmente a mãe dela não resistiu e cometeu suicídio após olhar para a criatura.
Em muitas cenas ficamos demasiadamente aflitos e a criatura parece estar em todos os lugares atraindo as pessoas. Ficamos em pânico em algumas cenas entre Malorie e as crianças e torcemos para que elas consigam vencer os perigos e encontrem um local seguro. Eles conseguem esse local seguro?
Fica a pergunta no ar... O final do filme nos apresenta essa resposta!
Bird Box é uma história complexa em muitos pontos, porém uma produção incrível e bastante realista. Se formos tentar trazer uma explicação lógica ou subliminar, podemos comparar a situação vivenciada pelas pessoas da cidade, como um estado de espirito, questões ligadas as emoções de cada um. Talvez o maior medo da nossa personagem principal estava relacionado a maternidade e esse medo foi superado com muito amor e instinto materno ao proteger ao máximo as duas crianças. Se formos pensar neste viés, podemos dizer que cada pessoa possuía os seus medos e questões, e que incarar de frente pode ser impactante, pode ser crucial ou também poderá ser a forma de superação...
Enfim caros leitores, esse é um filme que fica como indicação. Assistam e façam as reflexões de vocês e se puderem, voltem aqui e nos contem o que acharam.


“Acho que estou vendo muitas pessoas sentadas juntas, mas todas parecem solitárias.”


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