sábado, 18 de março de 2017

Resenha - A Culpa é das Estrelas

Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Título Original: The Fault in Our Stars 
Gênero: Ficção juvenil
Ano: 2013
Páginas:288

A Culpa é das Estrelas - John Green
[RESENHA] A narrativa do livro é conduzida pela voz da adolescente de dezesseis anos, Hazel Grace Lancaster, a doce e inteligente garota que desde a infância luta contra o câncer.
Muito apegada aos pais e para atender um desejo da mãe, ela passa a frequentar um grupo de apoio para adolescentes que assim como ela sofrem de câncer.
Na concepção de Hazel, o melhor a se fazer é não manter muitas amizades, ela se compara como uma “granada” prestes a explodir, e neste caso ela quer atingir o menor número de pessoas possíveis, evitar o sofrimento depois da sua partida.
O grupo de apoio reserva uma surpresa agradável, a amizade do jovem Augustus Waters, ou simplesmente, Gus, um jovem que acredita na vida e nas marcas que devemos deixar, que devemos ter algum grande feito para não sermos esquecidos, o seu maior medo é não ser lembrado após a sua morte. Ele frequenta o grupo de apoio para incentivar o seu amigo Isaac. Ele entende totalmente aquelas pessoas que fazem parte do grupo, pois há pouco tempo venceu uma luta semelhante, por causa do osteosarcoma teve uma das pernas amputadas.
Gus, possui muito bom humor, e uma dedicação sem igual pelos seus amigos, e com Hazel não foi diferente, eles construíram uma grande amizade a base de compartilhamento de gostos e dividiam muito tempo juntos, e aos pouco foi surgindo uma paixão.
Hazel inicialmente foi bastante relutante, não queria se apegar tanto e machucar as pessoas e de forma secundária não entendia como aquele belo garoto estaria interessado nela. Gus, como um ótimo conquistador foi persistente, e mostrava que vália o risco, que ele aceitava as escolhas dele, mesmo que um dia isso pudesse fazê-lo sofrer.
É uma história que mostra os problemas do cotidiano dos adolescentes e o desejo de viver uma vida feliz e plena, mesmo que com um prazo já pré-estabelecido. Jovens com um desejo imenso de aproveitar o que a vida tem a oferecer. Percebiam o câncer como uma realidade, mas que não queriam ser privados da intensidade que a vida tem.
Durante toda a narrativa, Hazel apresenta diversas dificuldades e crises que agravam a situação da sua doença. Por mais cruel que seja, o leitor vem com o coração preparado desde o inicio para perder esse personagem tão querido.
Gus acaba sendo um porto seguro na vida dela, incentivador e realizador dos seus sonhos. Infelizmente uma surpresa desagradável acaba mudando a perspectiva da história, alguns papéis se invertem. O leitor sem sombra de dúvidas ficará abalado...
O livro traz personagens secundários que também são trabalhados, alguns que amamos facilmente, como é o caso do queridíssimo e já mencionado aqui, Isaac, que tem um papel importantíssimo na narração, mostra o valor de uma amizade.
Outro personagem que neste caso não é tão amável, é o escritor Peter Van Houten, que Hazel admira e tem uma de suas obras como inspiração. É um personagem que poderá decepcionar o leitor e frustrar as expectativas de Hazel e Gus, porém tudo há uma razão, uma mágoa, um sofrimento que teremos a oportunidade de descobrir no decorrer da narrativa.
De maneira geral é um livro encantador. Trata a questão do câncer, que é uma realidade cada vez maior entre o público jovem, mas que perpassa as questões da doença. É um livro sobre amor, superação, sobre viver intensamente, mesmo em um “infinito de dias numerados”, como a própria Hazel Grace definiu.
A Culpa é das Estrelas virou febre mundial e muitas pessoas classificam-o como “moda”, porém, uma classificação verdadeira e justa é que esse é um livro muito bem estruturado, conquistou leitores de todo o mundo pela sua simplicidade, por tocar o coração de cada leitor e emocionar. É um livro sobre os propósitos das nossas vidas, que o amor existe nas situações mais improváveis, e mesmo que um pequeno número de pessoas lembre dos nossos feitos, mas lembre com amor, é mais importante do que uma multidão que aclama um artista que conheceu superficialmente, e isso o nosso amado Augustus aprendeu em vida e se eternizou em nossos corações!

 "Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados" (p. 235)

Um grande abraço e até breve!

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