sábado, 21 de outubro de 2017

Resenha: O Lado Bom da Vida

Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Título Original: The Silver Linings Playbook
Gênero: Ficção
Ano: 2013
Páginas: 256

O Lado Bom da Vida - Matthew Quick
[RESENHA] A narrativa do livro inicia com a saída de Pat de uma instituição para pessoas com problemas psicológicos. Pat, não sabe os reais motivos de estar saindo daquele local, na verdade ele não faz ideia nem porque entrou e de quando tempo esteve por lá. A sua memória é um completo quebra-cabeças, no qual diversas partes estão faltando, principalmente dos acontecimentos mais recentes, ou não tão recentes assim.
Após a saída da instituição, ou como ele gosta de mencionar, "lugar ruim",  Pat vai passar uma temporada na casa dos seus pais, pois acedida que o grande amor da sua vida, Nikki, estabeleceu que para o bem do casal eles deveriam dar um tempo, ou como ele constantemente denomina  "tempo separados".
No imaginário de Pat, esse tempo separado de Nikki se deu pelo fato da falta de atenção que ele oferecia a ela enquanto estavam juntos. Então ele tenta cada vez mais ser uma pessoa melhor, melhor para a sua amada. Além da sua compulsão por exercícios físicos, que na mente dele é uma forma de ser melhor para a sua esposa. É notável o receio das pessoas em mencionar sobre o passado com Pat, é como se estivesse uma lacuna negativa e obscura na vida dele. E quando o assunto é Nikki, a única resposta que ele tem é que não pode e nem deve se aproximar dela.
Uma personagem tão estranha quanto Pet acaba fazendo parte da história e se envolvendo com o nosso protagonista, a bela Tiffany, que também possui alguns transtornos resultantes do seu passado. Seria esse o início de uma relação estranhamente problemática ou não!
Uma das grandes filosofias de Pat é que o ideal é "ser gentil ao invés de ter razão". Na verdade este é um personagem repleto de conflitos, que no decorrer do livro vamos encontrando fragmentos da memória, situações que causam repulsa até para o próprio Pat.
No decorrer do livro podemos perceber o quão sensível Pat é, e que mesmo com todas as situações psicológicas que ele passa, acaba sendo uma pessoa positiva. Ele procura ver e demonstrar o lado bom da vida.
Uma lição deixada por esse livro é que apesar de quem fomos no passado, e das ações  que fizemos, mesmo que ruins, todos temos o direito de redenção, de uma segunda chance. E também que embora a perspectiva de felicidade do passado nem sempre volta, como idealizamos, mas sempre temos o direito de sermos felizes novamente, com novas oportunidades, ações e pessoas.

"A maioria das pessoas perdeu a habilidade de ver o lado bom das coisas, embora a luz por trás das nuvens seja uma prova quase diária de que ele existe." 

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