quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Biografia: Monteiro Lobato

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato nasceu no dia 18 de abril 1882 na cidade de Taubaté em São Paulo. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olívia Monteiro Lobato. Foi alfabetizado pela própria mãe, e desde cedo tinha gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô, o Visconde de Tremembé. M. Lobato faleceu em 05 de julho de 1948 devido a problemas cardíacos.
Foi registrado como José Renato Monteiro Lobato, mas com o falecimento de seu pai mudou de nome para que as suas iniciais fossem a mesma, pois ele queria usar a bengala que foi de seu pai e na qual estavam gravadas as iniciais J.B.M.L.
Em 1904 formou-se Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital de São Paulo. Na festa de formatura fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se retiraram da sala. No mesmo ano ele prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Parnaíba, no ano de 1907.
No dia 28 de março de 1908 casou-se com Maria Pureza da Natividade com quem teve quatro filhos, Marta (1909), Edgar (1910), Guilherme (1912) e Rute (1916).
Além do cargo de promotor ele também escrevia para vários jornais e revistas, fazia desenhos e caricaturas. Em 1911 se mudou de Areias para Taubaté, indo morar na fazenda Buquira, herança de seu avô.
Em 1912 o jornal O Estado de São Paulo publicou uma carta, intitulada "Velha Praga", sua que causou grande polêmica. Na carta Monteiro Lobato fala sobre a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e que a miséria tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura na região. Mais tarde um novo artigo é publicado, "Urupês", onde pela primeira vez aparece o personagem Jeca Tatu.
Em 1912 vendeu a fazenda e mudou-se para Caçapava, lá ele fundou a revista "Paraíba" que teve diversos colaboradores da literatura por exemplo, Coelho Neto, Olavo Bilac, Cassiano Ricardo, entre outros. Depois mudou-se para São Paulo e passou a colaborar na "Revista do Brasil". Futuramente ele comprou a revista, se tornou editor e transformou a revista em centro de cultura e a editora uma rede de distribuição com mais de mil representantes.
No ano de 1918 ele publicou o seu primeiro livro, "Urupês", que teve diversas tiragens esgotadas sucessivamente.
Em dezembro de 1917 foi publicado no jornal O Estado de São Paulo o artigo "Paranoia ou Mistificação?", onde Monteiro Lobato critica a exposição da pintora paulista Anita Malfatti. Começou uma polêmica e foi o estopim do movimento modernista.
Monteiro Lobato, em sociedade com Octalles Marcondes Ferreira, funda a "Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato", mas com o racionamento de energia, a editora vai à falência. Eles vendem tudo e fundam a "Companhia Editora Nacional". M. Lobato mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a publicar livros em infantis. Em 1921 é publicado o livro "Narizinho Arrebitado", a obra fez um enorme sucesso e com isso as aventuras de seu personagem se prologaram em outros liros, todos girando em torno do "Sítio do Pica-Pau Amarelo".
Ele se destacou no gênero "conto", o universo retratado por ele normalmente gira em torno de vilarejos decadentes e as pessoas do Vale do Paraíba durante a crise do plantio do café.
Em 1993 foi publicado o livro "Caçadas de Pedrinho" que faz parte do Programa Nacional Biblioteca na Escola do Ministério da Educação. O livro está sendo questionada pelo movimento negro por conter "elementos racistas".

Obras:
- Idéias de Jeca Tatu, conto, 1918
- Urupês, conto, 1918
- Cidades Mortas, conto, 1920
- Negrinha, conto, 1920
- O Saci, literatura infantil, 1921
- Fábulas de Narizinho, literatura infantil, 1921
- Narizinho Arrebitado, literatura infantil, 1921
- O Marquês de Rabicó, literatura infantil, 1922
- O Macaco que se fez Homem, romance, 1923
- Mundo da Lua, romance, 1923
- Caçadas de Hans Staden, literatura infantil, 1927
- Peter Pan, literatura infantil, 1930
- Reinações de Narizinho, literatura infantil, 1931
- Viagem ao Céu, literatura infantil, 1931
- Caçadas de Pedrinho, 1933
- Emília no País da Gramática, literatura infantil, 1934
- História das Invenções, literatura infantil, 1935
- Memórias da Emília, literatura infantil, 1936
- Histórias de Tia Nastacia, literatura infantil, 1937
- Serões de Dona Benta, literatura infantil, 1937
- O Pica-pau Amarelo, literatura infantil, 1939

Fábulas
- O Cavalo e o Burro
- A Coruja e a Águia
- O Lobo e o Cordeiro
- O Corvo e o Pavão
- A Formiga Má
- A Garça Velha
- As Duas Cachorras
- O Jaboti e a Peúva
- O Macaco e o Coelho
- O Rabo do Macaco
- Os Dois Burrinhos
- Os Dois Ladrões
- A Caçada da Onça

Jeca Tatu
É no livro "Urupês", que Monteiro Lobato retrata a imagem do caipira brasileiro, onde destaca a pobreza e a ignorância do caboclo, que o tornava incapaz de auxiliar na agricultura. O Jeca Tatu é um flagrante do homem e da paisagem do interior. O personagem se tornou um símbolo nacionalista utilizado por Rui Barbosa em sua campanha presidencial de 1918. Na quarta edição do livro, Lobato pede desculpas ao homem do interior.

"– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] "

Referências:
EBiografia: Disponível em: https://www.ebiografia.com/monteiro_lobato/ Acesso em 14/11/2017.


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